Congresso Brasileiro do Cacau discutirá Tecnologia e inovação sustentáveis

 

É grande a expctativa em torno do III Congresso Brasileiro do Cacau. Programado para os dias 11 a 14 de novembro, o evento será realizado em Ilhéus, no Centro de Convenções Luís Eduardo Magalhães. A expectativa de público é em torno de 1.200 participantes, entre pesquisadores, estudantes, órgãos governamentais ligados à agricultura e à defesa ambiental, empresários do setor agrícola, agricultores familiares e representantes do terceiro setor.

Com o tema Inovação Tecnológica e Sustentabilidade, o evento promete apresentar resultados das tecnologias desenvolvidas nos países de vanguarda e que estão disponíveis para serem usadas na modernização da cadeia agroalimentar do cacau. Tudo isso levando em consideração o paradigma que se impõe ao mundo moderno, a sustentabilidade, buscando a eficiência na produção, visando à produtividade, o ganho econômico, a justiça social e a conservação dos recursos naturais.

De acordo com o chefe do Centro de Pesquisas do Cacau, Adonias de  Castro, o congresso também será oportunidade para uma análise dos desafios e oportunidades da cacauicultura, com considerações sobre estratégias para a implementação de iniciativas públicas e privadas com vistas ao desenvolvimento da cadeia produtiva. 

“Esse evento será um marco na realização de eventos dessa natureza. Despertou, desde o início, grande interesse no âmbito nacional e internacional. Na outra ponta, recebe grande  apoio de organizações  públicas e privadas. Isso se deve à qualidade das palestras a serem apresentadas, ao bom nível dos  trabalhos científicos que serão divulgados, sobre importantes temas de interesse da cacauicultura, e ainda pela diversidade de expositores”, resume Castro.

Resultados - O grande interesse da cadeia agroalimentar do cacau se deve também à expectativa de divulgação das inovações tecnológicas que visam a modernização e melhoria da competitividade do agronegócio cacau. Há ainda o intercambio entre os atores dos segmentos de insumos, produção e agroindústria, facilitando a convergência de interesses e realização de negócios.

Outro destaque é a divulgação do protagonismo da agricultura familiar  no cacau; a apresentação de alternativas sobre o manejo sustentável do cacau cabruca, abordando a sua viabilização no contexto sócio-economico-ambiental; o estímulo à verticalização da produção.

Adonias de Castro lembra ainda que o Congresso vai buscar a sensibilização da classe política e das esferas públicas estadual e federal sobre a necessidade de adotar medidas que contribuam para o desenvolvimento do setor, o que resultará em um documento norteador com a denominação de “Carta de Ilhéus”.

A partir da Carta de Ilhéus, será possível uma reflexão  sobre  o cenário futuro da cacauicultura  mundial. “O futuro nos reserva desafios como a ênfase na qualidade e certificação do produto; necessidade de adoção de práticas mitigadoras do impacto da mão de obra sobre o custo de produção”.

O chefe do Cepec ainda destaca como desafios para a cacauicultura o emprego de materiais genéticos mais produtivos, que assegurem melhor qualidade do cacau, e que sejam resistentes  as principais enfermidades, “pois não se pode deixar de levar em conta o risco de dispersão de pragas quarentenárias com a facilitação dos meios de transporte”. “Esses desafios valem para todos os países e o Brasil precisa ser um protagonista nessa iniciativa”, reforça.